Sêneca escreveu dois diálogos de consolação endereçados a mulheres, um para sua mãe, na época de seu exílio e outro a Marcia que se encontrava inconsolável com a morte do filho. Em ambos textos Sêneca aponta que as mulheres, mesmo com características distintas dos homens, são igualmente capazes intelectualmente:
“No entanto, quem diria que a natureza tem tratado com rancor as mentes das mulheres, e atrofiado suas virtudes? Acredite, elas têm o mesmo poder intelectual que os homens, e a mesma capacidade de ação honrada e generosa. Se treinadas para isso, elas são igualmente capazes de suportar a tristeza ou o trabalho.” (Consolação a Marcia, XVI, 2)
“Por isso incito-lhe a procurar refúgio onde todos os que procuram conforto para suas mágoas deviam refugiar-se: nos estudos da filosofia. Oh! se meu pai, que era o melhor dos homens, mas estava demasiadamente preso aos costumes dos antepassados, tivesse desejado que você fosse ensinada ao invés de informada somente dos preceitos da sabedoria! ” (Consolação a Minha Mãe Hélvia XVII, 4-5)
Os estoicos, juntos com os cínicos, mesmo usando linguagem que hoje seria considerada sexistas, foram os primeiros a defender que as mulheres têm as mesmas capacidades intelectuais que os homens e que seria útil educa-las igualmente aos homens em filosofia.
Dos seguidores da nossa página no facebook, apenas 21% são mulheres, não sei explicar o porquê.