Estoicismo não é eliminar a emoção ou os sentimentos. É não ser escravos deles.
Sêneca diz:
“…estaria eu aconselhando você a ter um coração duro, desejando que você mantenha seu semblante imóvel na cerimônia fúnebre, e não permitindo que sua alma sinta mesmo uma pitada de dor? De modo algum. Isso significaria insensibilidade e não virtude – Mas suponha que eu proíba você de mostrar emoção, há certos sentimentos que reivindicam seus direitos próprios. As lágrimas caem, não importa como tentamos controla-las, e, sendo derramadas, aliviam a alma. O que, então, devemos fazer? Deixe-nos permitir que caiam, mas não a ordenemo-las a fazê-lo; deixe-as, de acordo com a emoção, inundar os nossos olhos, mas não como a mera atuação” (Carta XCIX, 15-16)
Imagem: Medusa de Gian Lorenzo Bernini, Palazzo dei Conservatori.