Sêneca diz:
“Você está enganado se pensa que eu iria excluir da minha mesa certos escravos cujos deveres são mais humildes, como, por exemplo, aquele tratador de mulas ou outro pastor; proponho valorizá-los de acordo com seu caráter, e não de acordo com seus deveres. Cada homem adquire seu caráter por si mesmo, mas a fortuna atribui seus deveres” ( Carta XLVII.15)
Devemos transportar o ensinamento de Sêneca para os tempos modernos. Posse e cargos não indicam valor de alguém, sem esquecer que é válido para todos. Ser rico ou estudado não indica falha de caráter e ser pobre e ignorante não é sinônimo de virtude. Tudo isso está na categoria dos indiferentes.
“Associe-se com seu escravo com bondade, até mesmo em termos afáveis; deixe-o falar com você, planejar com você, viver com você. Sei que neste momento todos os pretensiosos clamarão contra mim em peso; eles dirão: “Não há nada mais degradante, mais vergonhoso, do que isso”. Mas estas são as mesmas pessoas às quais às vezes surpreendo beijando as mãos dos escravos de outros homens. ” (Carta XLVII.13)
(imagem Mercado de Escravos por Jean-Léon Gérôme)