Como citamos anteriormente, durante o governo de Marco Aurélio ocorreu a Peste Antonina que devastou o Império Romano, causando a morte de cinco milhões de pessoas.
Lidar com o medo da morte é tema recorrente das Meditações. A peste também é citada, como neste trecho, em que o imperador condena atitudes irracionais:
“corrupção da mente é uma doença muito mais grave do que qualquer peste equiparável no ar que nos cerca. Pois esta corrupção é uma peste animal tanto quanto eles são animais; mas a outra é uma peste de homens tanto quanto eles são homens.”
Livro IX, 2
Todo o terceiro parágrafo aborda a atitude esperada diante da morte: Não ser descuidado, mas não temer.
Não despreze a morte, mas fique em paz com ela, pois esta também é uma daquelas coisas que a natureza quer. Pois tal como é ser jovem e envelhecer, e crescer e alcançar a maturidade, e ter dentes, barba e cabelos brancos, e conceber e estar grávida e procriar, e todas as outras operações naturais que as estações da sua vida trazem, tal também é a dissolução. Isto, portanto, é consistente com o caráter de um homem que reflete – não ser descuidado, nem impaciente, nem desdenhoso em relação à morte, mas esperar por ela como uma das operações da natureza. Como agora espera o momento em que a criança sairá do ventre de sua esposa, assim esteja pronto para o momento em que sua alma sair deste envelope. (Livro IX, 3)
Disponível na lojas: GooglePlay, Amazon, Kobo e Apple
Sabedoria de Ouro.